É ali...

Vem por aqui. Não tenhas medo, desfruta desta bela paisagem. Olha como o sol nos faz companhia e aquece estes dias doces de Verão.
Dá-me a tua mão, quero-te junto a mim e que me dês segurança. Devagar, muito lentamente vamos caminhando por esta estrada que desconhecíamos. Pedras, pedrinhas, flores e mais cores, como é lindo tudo isto.
Não te contei, mas quis que viesses comigo para te levar aquele sonho que uma vez sonhamos juntos. Onde o nada é sinónimo de tudo. A relva é macia e caminhamos livremente sobre ela, o arco-íris é pano de fundo que contrasta com o azul do céu. Como gostava de começar aqui a nossa história…

Vens comigo?

Ponto Final.

Estás feliz ao lado de alguém que não sou eu, já nem sentes a minha ausência, pelo menos não tanto quanto eu sinto a tua (ou melhor sentia). Fizeste alguns estragos quase irreparáveis, mas nem te preocupaste em receitar-me o melhor medicamento que curasse a tua ausência, nem um pano molhado com as minhas próprias lágrimas te dignaste a passar sofre a ferida que durante tempos fez escorrer o meu sangue já gasto e invisível mas que eu sentia.
Após algumas lutas violentas com o meu coração decidi expulsar-te definitivamente do abrigo que te dei este tempo todo. Espero que tenhas aproveitado bem a estadia, mas por falta de amor a tua permanência neste lugar acolhedor terminou.
Um ponto final nasceu para esta história que nunca teve uma explicação para o fim.
Agora sou eu que quero desamarrar as cordas que ainda me prendem a ti, quero partir o meu coração em pedacinhos e voltar a juntá-los sem que ele tenha as tuas marcas.


Espelhei em cada palavra, a última mágoa, a última lágrima que por ti nasceram…

.

…e mais uma vez viramos uma página da nossa vida, olhamos para as folhas passadas, já amachucadas, e reparamos que existem linhas vazias, palavras por escrever, tinta de esferográfica por gastar…
Há momentos que na verdade nunca nos pertenceram.

Rua sem fim

A vida lá fora corre sem ninguém dar por isso. Tudo acontece sem ninguém ver. O vento vagueia pelas ruas desertas, compostas por estilhaços de cada personagem que por lá passou. Cada lugar tem a história de alguém, palavras esquecidas por quem um dia viveu o que lá deixou.
No chão frio e sujo, procura abrigo um sorriso sem dono que ficou perdido e agora apegado a uma estrada sem fim á vista, todos os dias calcada por desconhecidos sem vida. A noite e a rua sedenta de segredos, amantes sem razão, partilham entre si tudo o que viram, cada história que com prazer observaram, cada vida teatralmente encenada no meio do nada.
Um novo dia, um silêncio indiscreto, um rodopio constante, uma perda de pedaços de vida que caem a cada passo do bolso de quem por aquela rua arrasta sensações e sonhos que o próprio desconhece. Cada um traz em si desejos e um destino que renegam uma, duas, três e mais vezes. Ninguém quer, nem tem coragem de olhar para trás, levantar delicadamente o que deixou cair e voltar a caminhar, é mais fácil revogar para o depois o que na realidade queremos ser mas não conseguimos.
A vida é mesmo isto, uma rua sem fim, que em cada pedra tem a história de cada um de nós, guarda todas as vontades desperdiçadas e por vezes nos permite voltar atrás e recuperar o que perdemos, basta nós querermos.
Regras:
1. Colocar o nome do blog que indicou o prémio
2. escrever uma mensagem de agradecimento ao blogueiro que to indicou.
3. postar o selo.
4. descrever cinco características suas.
5. indicar o prémio a cinco blogs para receber o selo e descrever a pessoa que o «dirige» ou o blog em questão

*1 Untitled
*2 Obrigada Rita por me teres oferecido este prémio (:
*4 Sou lamechas, divertida, boa ouvinte, teimosa e orgulhosa.
*5 Riscos e Sarrabiscos - a escrita dela tem uma magia que contagia qualquer leitor.
Untitled - identifico-me com todas as palavras lá escritas, o textos dela transmitem sentimentos que existem em mim.
Carossel - um bog cheio de movimento e sentimento.
Ser amarelo - explosão de sentimentos. Escreve com o coração.

Regras:


1. Linkar o blog que te passou o selo e publicar o mesmo;

2. Dizer o nome de cinco pessoas muito especiais;

3. Pedir um grande desejo;

4. Passar este selo e desafio a dez blogs que sejam "um amor" e avisá-los.


*Oferecido por : Untitled


*Cinco pessoas muito especiais: Miguel, Ana, Maria, Sílvia, Sté


*Um desejo : Ser feliz (:


*Passo este desafio a todos aqueles que quiserem.

Last time...

E de repente tudo acaba! Não existe carta por mais bem escrita que seja, nem palavras por mais bem escolhidas e desenhadas capazes de descrever uma partida não desejada. Um dia tinha te a meu lado e no seguinte, expulsava todo o meu ódio contra uma parede a desmoronar-se a cada minuto.
Vivi num sonho em que o mais ínfimo pormenor tinha grande destaque, eu queria que tudo fosse perfeito, cada beijo, cada abraço, cada passeio de mãos dadas, que cada tudo fosse inigualável. Enganei-me redondamente. Tanta perfeição talvez te tenha assustado, te afugentado de mim, nunca percebeste que cada minuto que eu estava contigo, por mínimo que fosse, eu era só tua. Fiz coisas que achava impossíveis, disse palavras que nunca pensei ser capaz de proferir, tudo por ti. Enquanto estavas longe eu sofria tanto ou mais que tu, não foste a única personagem sofredora desta história, até o sofrimento quis que partilhasses comigo.
Um fim de tarde disse-te “Adeus” sem eu imaginar que seria o último. Vi-te partir com a esperança de te voltar a ver dentro de poucas horas. Contudo o mesmo caminho que te trouxe até mim, que eu um dia agradeci por existir, foi o meu maior inimigo por te ter levado para o longe que eu nunca desejei existir. E, sem explicação plausível nem aviso prévio eu perdi-te. Nunca mais te vi. Nunca mais ouvi a tua voz. Apenas te limitaste a escrever, e mal, aquilo que eu nunca quis ler. Não tiveste coragem de me enfrentar e explicar todos os meus “porquês”. Hoje, não necessito dessas respostas, apenas tenho real noção que nesta história foste sempre um cobarde. Apenas lamento que tenhas desperdiçado tudo o que te dei, acredita que te dediquei amor, felizmente, não todo o meu amor.
Talvez te tenha conhecido na altura errada. Vivemos a nossa história numa idade onde o “sempre” ainda não existe, onde a dedicação por maior que seja não faz ainda sentido nem tem qualquer tipo de importância.

Inspirar...

Que sufoco. Quero falar mas não consigo. Sinto nos meus lábios um sabor amargo, ardente como se cola se tratasse. Como se unisse eternamente estes componentes do meu corpo que se movimentam a cada palavra pronunciada. Mas agora estão fechados sobre si, impedem a saída de qualquer desabafo de mim. Acumulam desilusões e frustrações escondidas nos escombros do desconhecido. Opção mórbida de ruminar o que já deveria ter sido digerido.
Sinto na minha garganta um acumular de pedaços de nada que apenas proíbem a passagem do licor que adoça a vida. É um esforçar pelo irremediável.

Guardian Angel

Saio de casa á pressa, cega, surda e muda. Com um ar ainda sonolento pego inconscientemente nas chaves de casa e percorro o percurso de sempre, aquele que me dá sem voz um “Bom dia” que faz meu corpo lentamente sentir o novo dia que acorda e corre sem esperar por ninguém.
Sinto em mim o peso de um corpo sem dono nem movimento, apenas centrado nuns pés frágeis que caminham em direcção ao nada.
Ignoro o exterior e deixo-me flutuar no mar de pensamentos que inunda minha cabeça. Esqueço de olhar as cores, de respirar o ar, de sorrir aos corpos sem nome que deambulam a meu lado. Vivo certamente num mundo á parte que espera um grito de guerra, que eu ainda não tenho forças para dar voz.
Olho para o meu lado esquerdo de relance e vejo algo que não consigo identificar. A cegueira que domina meus olhos impede-me de decifrar o vulto que observei refugiar-se numa sombra pálida. Não sei quem és, mas já te vi sem ver várias vezes, desconheço teu rosto, recolhes no teu olhar apagado cada centímetro do meu corpo, mas não me dás o prazer de te visualizar á luz do sol que te aquece tanto a ti como a mim. Mas sinto a tua presença como se o teu corpo estivesse colado ao meu. Como consegues?
Responsável és tu pelo nascer de perguntas intermitentes no meu cérebro descontrolado. És tu que me adormeces todas as noites? Pertencem a ti as mãos que cuidadosamente desembaraçam cada madeixa do meu cabelo adormecido? É teu o corpo que me abraça no respirar silencioso da noite? És tu quem me beija sem lábios ao todo anoitecer?
Como conheces tu todos os meus medos? Como sabes que tenho medo de caminhar sozinha?

Quem és tu?

Um aparte de parte!

Que vivemos num mundo e numa sociedade que se alimenta de egoísmo, hipocrisia e carência de inteligência todos nós sabemos, mas mesmo tendo consciência de tal realidade, é difícil aceitar todas as injustiças com que somos confrontados. Diariamente somos invadidos por notícias que nos deixam aterrorizados.
Anda nas bocas do mundo uma espécie de assunto que suscita muita discussão com opiniões bastantes controversas, seu nome é “Superior Interesse da Criança”. É um tal jogo pouco divertido, com consequências graves e que põe a nu a burrice do Homem. É um empurra para lá, um puxa para cá, um tiroteio de insultos, uma publicidade dos podres de cada um dos lados em questão. Realmente existe um interesse por parte de cada um dos intervenientes (que eu dispenso explicitar), no entanto a criança em causa em nada lucra com este teatro. Ao menos nestes assuntos toda a gente tem o direito de opinar, quer tenha conhecimento pleno do caso ou não percebendo minimamente do que se trata, mas mesmo assim o que interessa é mostrar que tem voz nesta sociedade. No meio de tanto “eu acho…”, “devia ficar com…” “não concordo…”, entre outros, a criança em causa é que não tem qualquer tipo de direito de intervenção, é como se colassem os lábios dela e transformasse-se num boneco nas mãos de umas crianças ainda mais infantis que ela própria. Burocracia á parte, digamos que uma criança por mais imatura que seja certamente escolhe o amor á violência (o que actualmente parece ser uma escolha difícil para os adultos).
A estrela desta peça nunca deixa de ser a criança em questão, que é obrigada a uma exposição pública cruel que possivelmente terá consequências drásticas no seu desenvolvimento que deveria ser normal, no entanto, tal problema parece não ter importância para entrar em cena.
Caros senhores adultos, exageradamente maduros, possuidores de doutoramentos, licenciados em tudo e mais alguma coisa, donos de um conhecimento geral invejável, caso seja possível demonstrem as vossas verdadeiras capacidades intelectuais e percebam de uma vez por todas que uma criança apenas precisa de amor! E já agora, o amor ainda é das poucas coisas que não se compra, por isso não teimem em renegá-lo tantas vezes.

Amigos (de)coração!

Nascemos sem pedir, morremos sem querer. Fomos cuidadosamente colocados neste mundo sem limites que nos impõe regras sem sentido e nos apresenta uma grande variedade de pessoas. Desde seres humanos puros, inteligentes até aos mais falsos, sem escrúpulos que ignoram por completo a palavra “Respeito”.
É isto que me assusta. Por vezes interrogo-me até que ponto conheço as pessoas que me rodeiam. E constantemente me surpreendo com as conclusões que retiro a cerca de cada um. A verdade é que diariamente tenho provas da falta de integridade do ser humano. Observo atitudes reprováveis no meu ponto de ver, mas no fundo, tudo é muito subjectivo. Talvez hoje seja mais importante a futilidade á sinceridade e humildade.
Os valores já não existem, a boa educação é coisa muito antiquada, a sinceridade desapareceu do vocabulário comum. Aprendi a confiar desconfiando, infelizmente nos nossos dias não se pode “por as mãos no fogo” por ninguém. Amizades já não são o que eram, impera a falsidade, desrespeito, interesse, rivalidade. Não, isto não é amizade, nem de longe, é apenas um “ ah, somos da mesma turma, DÁ JEITO darmo-nos bem”. Por favor poupem-me a tais acordos ridículos.
Um amigo, partilha segredos, devaneios, discute, chora com o outro, ri com quem ri, é sincero no momento em que é preciso, põe em primeiro o interesse do outro do que o dele próprio. Nunca ninguém disse que a Amizade era fácil, é preciso dedicação, uma entrega tão ou maior do que aquela que damos á nossa cara-metade.
Ao longo deste pequeno percurso de vida desiludi-me com quem amava como amigo, mas a verdade, é que quem é amigo de verdade está sempre lá quando é preciso, seja apenas um ou cinco, o restante é apenas acessório de decoração.

Somos nós

9 Meses.
Amizade, Carinho, Compreensão, Paciência.
Não é preciso dizer muito mais, tu entendes.
O restante é só nosso. (L´

Note.

[Imagens recolhidas do Google e do DevianArt]

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