Longe...

Quis tanto te sentir, guardei para mim toda essa vontade. E quando te vi foi um desabrochar de emoções, foi abraçar-te como nunca te havia abraçado, foi ver o teu sorriso mais perfeito e conjuga-lo com uma saudade, que por vezes, quase mata.

Sofri dias a fio por não te ter a escassos metros, olhei todos os dias o horizonte a imaginar-te. Adormeci a ouvir a tua voz e sonhei com o teu rosto. Sabia que eras parte importante, mas esta saudade mostrou muito mais.

É difícil sentir-me perdida no meio do desconhecido, olhar para todos os lados e não reconhecer nenhum lugar, caminhar com medo de o chão desabar e saber que não tinha a tua mão para me segurar. Chorei com a saudade ao meu lado e o frio da solidão tocou-me. Centrei-me na cor branca de uma parede e desenhei lá os meus desejos, mas por mais que os tentasses agarrar mais eles se escondiam no branco. A verdade é que tu sempre permaneces-te e consegui novamente te sentir.


Longe.

Ínicio

Preparar as malas e as saudades já apertam...
Braga me espera.
Um presentinho oferecido pelo Saga do blogue: Midnight Club. Obrigada (:
O desafio é o seguinte:

Dizer,

* quem mais gostas de abraçar, no presente: Aquela pessoa especial.

* quem nunca abraçarias: toda a gente merece um abraço...

* a quem davas tudo para poder abraçar: Aquela pessoa especial :b

* a quem davas o teu melhor abraço: A quem o merecesse.

...e passar o desafio a 6 blogues à tua escolha:


Presente oferecido pela Patrícia Isidro do blogue http://palavrasapenass.blogspot.com/.
Ofereço-o a todos aqueles que por aqui passam (:

Está quase.

Começam a ser escassos os dias que falta contar até ao fim do calor. É natural agora deslumbrarmos com uma certa nostalgia o cedo anoitecer, uma brisa mais brusca e fresca visita-nos mais constantemente.

O Verão, a época do ano talvez mais esperada, está de bagagens feitas prestes a embarcar para outra terra. Não deixa carta de despedida e agora nem data concreta de partida, mas aos poucos nos vai ensinando a dizer “Olá” ao Outono. Talvez numa noite escura e no maior dos silêncios, parta e nos deixe uma nova manhã, um novo acordar.

É certo que todos nós guardamos na memória aquelas belas tardes quentes da nossa infância, onde esgotávamos energia ao tentarmos acompanhar a vivacidade do sol. Deitávamo-nos na relva, absorvíamos aquele cheiro fresco e adormecíamos embalados num momento de pura liberdade. Durante aproximadamente três meses as horas não existiam, o tempo não precisava de parar mas também não corria, era uma bela companhia para as brincadeiras. Sorrisos eram esboçados na maior das inocências, a música imponha ao nosso corpo uma balançar intermitente e saboroso. E a praia? Não havia alegria maior para uma criança. A água, a areia, o sol…a perfeita conjunção, os castelos de areia construídos com todo o cuidado que depois o mar fazia o favor de desfazer, talvez ele se sentisse convidado para tal brincadeira. Permanecer longos minutos sentada á beira-mar, ao fim de uma tarde de diversão, a observar o dançar das águas e o seu brilho resplandecente não era nenhum sacrifício, mas sim uma dádiva.

Hoje, não é muito diferente. O Verão continua quente, a praia a mesma. A idade apenas um pouco diferente, mas a alegria intocável. Há liberdade para explorar os mais diversos sítios, sozinhos ou acompanhados. Fazem-se viagens sem destino, longas tardes deitados na areia fina, conversas sinceras com amigos. Histórias que escrevemos com a nossa vida num curto espaço-tempo. Noites quentes que nos levaram a estourar os nosso limites. Condensamos tudo o que queremos viver numa altura onde os dias parecem nunca acabar.

Mas acabam. E fica a saudade. Guarda -se as roupas frescas, os perfumes florais. Olhamos as fotografias e sorrimos ao recordar aquilo que passou e não volta mais. De cada momento fica apenas a recordação.

E olhamos o pôr-do-sol com uma lágrima no canto do olho, desejando que momentos felizes vividos há pouco tempo se repitam a curto prazo.

Note.

[Imagens recolhidas do Google e do DevianArt]

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