Last time...

E de repente tudo acaba! Não existe carta por mais bem escrita que seja, nem palavras por mais bem escolhidas e desenhadas capazes de descrever uma partida não desejada. Um dia tinha te a meu lado e no seguinte, expulsava todo o meu ódio contra uma parede a desmoronar-se a cada minuto.
Vivi num sonho em que o mais ínfimo pormenor tinha grande destaque, eu queria que tudo fosse perfeito, cada beijo, cada abraço, cada passeio de mãos dadas, que cada tudo fosse inigualável. Enganei-me redondamente. Tanta perfeição talvez te tenha assustado, te afugentado de mim, nunca percebeste que cada minuto que eu estava contigo, por mínimo que fosse, eu era só tua. Fiz coisas que achava impossíveis, disse palavras que nunca pensei ser capaz de proferir, tudo por ti. Enquanto estavas longe eu sofria tanto ou mais que tu, não foste a única personagem sofredora desta história, até o sofrimento quis que partilhasses comigo.
Um fim de tarde disse-te “Adeus” sem eu imaginar que seria o último. Vi-te partir com a esperança de te voltar a ver dentro de poucas horas. Contudo o mesmo caminho que te trouxe até mim, que eu um dia agradeci por existir, foi o meu maior inimigo por te ter levado para o longe que eu nunca desejei existir. E, sem explicação plausível nem aviso prévio eu perdi-te. Nunca mais te vi. Nunca mais ouvi a tua voz. Apenas te limitaste a escrever, e mal, aquilo que eu nunca quis ler. Não tiveste coragem de me enfrentar e explicar todos os meus “porquês”. Hoje, não necessito dessas respostas, apenas tenho real noção que nesta história foste sempre um cobarde. Apenas lamento que tenhas desperdiçado tudo o que te dei, acredita que te dediquei amor, felizmente, não todo o meu amor.
Talvez te tenha conhecido na altura errada. Vivemos a nossa história numa idade onde o “sempre” ainda não existe, onde a dedicação por maior que seja não faz ainda sentido nem tem qualquer tipo de importância.

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Note.

[Imagens recolhidas do Google e do DevianArt]

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