Crime:Futilidade!

Sinto um cheiro pútrido a meu lado que emana uma falsidade sensual que atrai até a margem mais íngreme do ser humano, capaz de lhe provocar uma cegues tremenda mais forte que a sinceridade.

Tu, que te olhas ao espelho, que vislumbras nos teus olhos brilhantes e bastantes compostos, devido á tua jovialidade, uma imagem quase perfeita que sempre buscas te de uma jeito obcecado, sorris com a mentira que tu próprio crias te.

Não tens identidade nem o significado de personalidade sabes. Arrastas te, como se os teus pés tivessem presos por correntes pesadas e enferrujadas, segues o que uma voz superior profere sem ouvires a tua opinião. És um boneco de trapos que valoriza o olhar e ignora um conhecer.

A tua pele é saudável e o teu sorriso luminoso, o teu cabelo liberta uma essência hipnotizante capaz de enlouquecer qualquer um que se aproxime de ti. Caminhas com a cabeça erguida como se fosses alguém poderoso neste mundo, o teu olhar penetrante trespassa cada corpo que deambula na rua, que no fundo é tão igual a ti.

Sorris ao avistares alguém tão aparentemente esplêndido e vistoso como tu, aprenderam juntos a não serem nada, a viverem sem voz e a caminharem num chão podre que a cada passo faz adivinhar uma queda.

Se te perguntarem o que gostas nesta vida quem está contigo é capaz de responder tão bem como tu, não por ser conhecerem bem, apenas porque ambos criaram uma normalização de gostos que vos guia numa estrada de nevoeiro. É nessa estrada que criam laços de afecto que mais não passam de uma corda a que um dia possam se agarrar quando o chão desabar e no fim deixarem para trás como algo descartável.

Usas e abusas de quem te dá ouvidos. A palavra “obrigado” não faz definitivamente parte do teu vocabulário seco e vazio. Amas os objectos decorativos que cobrem o teu corpo pestilento de imoralidade e rematas para o canto mais obscuro da tua casa o livro com as palavras mais ricas capaz de enriquecer o teu pensamento vago e sem orientação.

Acordas e adormeces apenas a pensar na perfeição que te prometeram, mas que nunca te provaram existir.

9 comentários:

Anónimo disse...

Post com dedicatória especial... Ou estou enganado?

Unknown disse...

muito bonito

Mel disse...

" Usas e abusas de quem te dá ouvidos. A palavra “obrigado” não faz definitivamente parte do teu vocabulário seco e vazio. " esta parte chamou-me essencialmente à atenção , descrevia exactamente como tu uma pessoa que gosto bastante :$
continua , adoro ler os teus textos , adoro mesmo :)

magic hours disse...

Que bonito :)

Andreia Morais disse...

«Acordas e adormeces apenas a pensar na perfeição que te prometeram, mas que nunca te provaram existir. », que lindo *.*

escreves tão bem.
beijinhos

Diogo Rugeiro disse...

"A perfeição não é quando não há mais nada a acrescentar, mas sim mais nada a retirar." - Antoine De Saint-Exupéry
Algo mais que isto seria impossivel...

LF' disse...

"Sinto um cheiro pútrido a meu lado que emana uma falsidade sensual que atrai até a margem mais íngreme do ser humano, capaz de lhe provocar uma cegues tremenda mais forte que a sinceridade."

Entrei aqui por acaso mas confesso que adorei os teus textos, escreves mesmo bem! :)

Rui Fernandes disse...

Escreves maravilhosamente bem sabias?
Muito bonito o teu textinho...

Irei voltar de certeza... e espero que visites o meu cantinho, nao tao bom como o teu, mas pronto!

Beijinho
Rui Fernandes

Rui Fernandes disse...

Obrigado pelo comentario.,,

Vou seguir-te para não perder contacto---

Luta sempre----

Beijinho grande...

Note.

[Imagens recolhidas do Google e do DevianArt]

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