Sinto um cheiro pútrido a meu lado que emana uma falsidade sensual que atrai até a margem mais íngreme do ser humano, capaz de lhe provocar uma cegues tremenda mais forte que a sinceridade.
Tu, que te olhas ao espelho, que vislumbras nos teus olhos brilhantes e bastantes compostos, devido á tua jovialidade, uma imagem quase perfeita que sempre buscas te de uma jeito obcecado, sorris com a mentira que tu próprio crias te.
Não tens identidade nem o significado de personalidade sabes. Arrastas te, como se os teus pés tivessem presos por correntes pesadas e enferrujadas, segues o que uma voz superior profere sem ouvires a tua opinião. És um boneco de trapos que valoriza o olhar e ignora um conhecer.
A tua pele é saudável e o teu sorriso luminoso, o teu cabelo liberta uma essência hipnotizante capaz de enlouquecer qualquer um que se aproxime de ti. Caminhas com a cabeça erguida como se fosses alguém poderoso neste mundo, o teu olhar penetrante trespassa cada corpo que deambula na rua, que no fundo é tão igual a ti.
Sorris ao avistares alguém tão aparentemente esplêndido e vistoso como tu, aprenderam juntos a não serem nada, a viverem sem voz e a caminharem num chão podre que a cada passo faz adivinhar uma queda.
Se te perguntarem o que gostas nesta vida quem está contigo é capaz de responder tão bem como tu, não por ser conhecerem bem, apenas porque ambos criaram uma normalização de gostos que vos guia numa estrada de nevoeiro. É nessa estrada que criam laços de afecto que mais não passam de uma corda a que um dia possam se agarrar quando o chão desabar e no fim deixarem para trás como algo descartável.
Usas e abusas de quem te dá ouvidos. A palavra “obrigado” não faz definitivamente parte do teu vocabulário seco e vazio. Amas os objectos decorativos que cobrem o teu corpo pestilento de imoralidade e rematas para o canto mais obscuro da tua casa o livro com as palavras mais ricas capaz de enriquecer o teu pensamento vago e sem orientação.
Acordas e adormeces apenas a pensar na perfeição que te prometeram, mas que nunca te provaram existir.
9 comentários:
Post com dedicatória especial... Ou estou enganado?
muito bonito
" Usas e abusas de quem te dá ouvidos. A palavra “obrigado” não faz definitivamente parte do teu vocabulário seco e vazio. " esta parte chamou-me essencialmente à atenção , descrevia exactamente como tu uma pessoa que gosto bastante :$
continua , adoro ler os teus textos , adoro mesmo :)
Que bonito :)
«Acordas e adormeces apenas a pensar na perfeição que te prometeram, mas que nunca te provaram existir. », que lindo *.*
escreves tão bem.
beijinhos
"A perfeição não é quando não há mais nada a acrescentar, mas sim mais nada a retirar." - Antoine De Saint-Exupéry
Algo mais que isto seria impossivel...
"Sinto um cheiro pútrido a meu lado que emana uma falsidade sensual que atrai até a margem mais íngreme do ser humano, capaz de lhe provocar uma cegues tremenda mais forte que a sinceridade."
Entrei aqui por acaso mas confesso que adorei os teus textos, escreves mesmo bem! :)
Escreves maravilhosamente bem sabias?
Muito bonito o teu textinho...
Irei voltar de certeza... e espero que visites o meu cantinho, nao tao bom como o teu, mas pronto!
Beijinho
Rui Fernandes
Obrigado pelo comentario.,,
Vou seguir-te para não perder contacto---
Luta sempre----
Beijinho grande...
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